Cordão umbilical cauterizado com vela reduz risco de infecção - Medicina chinesa.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
Parto de Cócoras
Benefícios da posição de cócoras na hora do parto. Ter as plantas dos pés no chão na hora de parir faz muita diferença, é poder estar ativa, vivenciar um parto ativo. Quando a mulher é colocada na posição deitada para parir (numa maca), os seus pés ficam soltos no ar, ela não tem apoio nem condições de ser protagonista da situação, além de diminuir o espaço para a passagem do bebê no canal de parto cerca de 20 a 30%.
As gestantes atendidas pelo GESTAR têm à disposição uma banqueta como essa da foto.
As gestantes atendidas pelo GESTAR têm à disposição uma banqueta como essa da foto.
Recebendo o bebê no mundo
Após nove meses, aproximadamente 280 dias, 40 semanas ou nove luas, o bebê finalmente está pronto para nascer. O feto, completamente formado desde as 12 semanas, levou todo este tempo para crescer e amadurecer dentro do útero. No final da gravidez, ele dá sinais que está maduro e inicia-se o trabalho de parto. Sua circulação é inundada de hormônios que sinalizam o nascimento iminente. As contraçõe...s uterinas massageiam o seu corpinho e dão a noção do ritmo. Finalmente, a passagem pelo estreito canal de parto comprime o tórax do bebê, auxiliando na saída do líquido amniótico presente em seus pulmões, boca e narinas.
O bebê nasce e, enquanto permanece ligado à placenta pelo cordão umbilical que pulsa, não há pressa em respirar. Nos braços da mãe, ele conhece o novo espaço, espirra, tosse e finalmente respira. Às vezes chora vigorosamente, às vezes apenas resmunga. Em alguns minutos, os pulmões se expandem, a circulação fetal deixa de existir e a placenta não é mais necessária. O cordão umbilical para de pulsar e pode ser cortado. Enquanto isso, mãe e filho se reconhecem, trocam cheiros, o som do coração da mãe acalma o bebê, que lentamente começa a procurar o seio. Depois de mamar, o bebê adormece e descansa por um longo período, se recuperando dessa grande jornada.
A sequência descrita acima foi planejada pela natureza ao longo de milhares de anos de evolução. Infelizmente, este processo fisiológico não é respeitado na maioria das maternidades brasileiras. Aproximadamente 40 % dos bebês da rede pública e 80% da rede privada nascem através de cesariana. Grande parte deste número –principalmente na rede privada- correspondem às cesarianas eletivas (aquela marcada por conveniência do médico ou da mulher). Nestes casos, o bebê não sabe que vai nascer. Não foi avisado pelo trabalho de parto, não recebeu os hormônios necessários, não sentiu o ritmo das contrações nem passou pelo canal de parto. Frequentemente estava dormindo no momento do nascimento. Tem que passar de feto a gente que respira em segundos. Seus pulmões, boca e nariz estão cheios de líquido amniótico. Só resta ao bebê aterrorizado a opção de chorar para expandir os pulmões e concluir à força o processo de transição. A criança é levada a um berço aquecido, onde é vigorosamente enxugada. Geralmente o pediatra introduz uma sonda em sua boca e narinas para aspirar as secreções. A criança é pesada, medida, classificada e identificada. Rapidamente é apresentada à mãe, que não pode segurá-lo porque tem as mãos presas na mesa cirúrgica.
O bebê então é levado ao berçário, onde é colocado em um berço aquecido, observado pela família através de um vidro. Ali ele recebe um colírio de nitrato de prata, cujo objetivo é prevenir uma eventual conjuntivite pela bactéria causadora da gonorréia. É provável que suas pálpebras fiquem inchadas e doloridas em conseqüência do colírio. Ele recebe ainda uma injeção intramuscular de vitamina K, medicação usada para prevenir um distúrbio de coagulação.
Através do vidro do berçário observamos o recém nascido, sozinho no berço aquecido. A agressão sensorial foi tamanha que muitos dormem, exauridos. Outros choram e se debatem, observados pela família orgulhosa. Algumas horas depois, o banho. O recém nascido é lavado com água morna, na banheira ou sob a torneira da pia. É preciso lavá-lo e remover qualquer vestígio de sangue ou vérnix. É necessário que ninguém perceba que o bebê nasceu de um útero, lugar cheio de mistérios. A criança é vestida e finalmente será amamentada.
A mãe recebe o pequeno estranho, que ela não pariu, sequer viu nascer através dos panos estéreis da cirurgia. O pequeno estranho não tem seu cheiro, aliás cheira a algum produto químico. O pequeno estranho está sonolento, porque durante o período fisiológico de vigília estava no berçário. Depois de algum esforço, afinal consegue mamar. A natureza felizmente continua sábia e é através da amamentação que a mãe e o pequeno estranho vão enfim criar vínculos.
Ana Paula Caldas
Neonatologista
Integrante da rede Parto do Princip
O bebê nasce e, enquanto permanece ligado à placenta pelo cordão umbilical que pulsa, não há pressa em respirar. Nos braços da mãe, ele conhece o novo espaço, espirra, tosse e finalmente respira. Às vezes chora vigorosamente, às vezes apenas resmunga. Em alguns minutos, os pulmões se expandem, a circulação fetal deixa de existir e a placenta não é mais necessária. O cordão umbilical para de pulsar e pode ser cortado. Enquanto isso, mãe e filho se reconhecem, trocam cheiros, o som do coração da mãe acalma o bebê, que lentamente começa a procurar o seio. Depois de mamar, o bebê adormece e descansa por um longo período, se recuperando dessa grande jornada.
A sequência descrita acima foi planejada pela natureza ao longo de milhares de anos de evolução. Infelizmente, este processo fisiológico não é respeitado na maioria das maternidades brasileiras. Aproximadamente 40 % dos bebês da rede pública e 80% da rede privada nascem através de cesariana. Grande parte deste número –principalmente na rede privada- correspondem às cesarianas eletivas (aquela marcada por conveniência do médico ou da mulher). Nestes casos, o bebê não sabe que vai nascer. Não foi avisado pelo trabalho de parto, não recebeu os hormônios necessários, não sentiu o ritmo das contrações nem passou pelo canal de parto. Frequentemente estava dormindo no momento do nascimento. Tem que passar de feto a gente que respira em segundos. Seus pulmões, boca e nariz estão cheios de líquido amniótico. Só resta ao bebê aterrorizado a opção de chorar para expandir os pulmões e concluir à força o processo de transição. A criança é levada a um berço aquecido, onde é vigorosamente enxugada. Geralmente o pediatra introduz uma sonda em sua boca e narinas para aspirar as secreções. A criança é pesada, medida, classificada e identificada. Rapidamente é apresentada à mãe, que não pode segurá-lo porque tem as mãos presas na mesa cirúrgica.
O bebê então é levado ao berçário, onde é colocado em um berço aquecido, observado pela família através de um vidro. Ali ele recebe um colírio de nitrato de prata, cujo objetivo é prevenir uma eventual conjuntivite pela bactéria causadora da gonorréia. É provável que suas pálpebras fiquem inchadas e doloridas em conseqüência do colírio. Ele recebe ainda uma injeção intramuscular de vitamina K, medicação usada para prevenir um distúrbio de coagulação.
Através do vidro do berçário observamos o recém nascido, sozinho no berço aquecido. A agressão sensorial foi tamanha que muitos dormem, exauridos. Outros choram e se debatem, observados pela família orgulhosa. Algumas horas depois, o banho. O recém nascido é lavado com água morna, na banheira ou sob a torneira da pia. É preciso lavá-lo e remover qualquer vestígio de sangue ou vérnix. É necessário que ninguém perceba que o bebê nasceu de um útero, lugar cheio de mistérios. A criança é vestida e finalmente será amamentada.
A mãe recebe o pequeno estranho, que ela não pariu, sequer viu nascer através dos panos estéreis da cirurgia. O pequeno estranho não tem seu cheiro, aliás cheira a algum produto químico. O pequeno estranho está sonolento, porque durante o período fisiológico de vigília estava no berçário. Depois de algum esforço, afinal consegue mamar. A natureza felizmente continua sábia e é através da amamentação que a mãe e o pequeno estranho vão enfim criar vínculos.
Ana Paula Caldas
Neonatologista
Integrante da rede Parto do Princip
Livros que indico a tod@s interessad@s no tema do Gestar, parir e nutrir.
Acrescento "Parto Ativo" de Janet Balaskas, "Origen mágicas, vidas encantadas" de Deepak Chopra. Este último é muito bom!
Próxima Roda de grávid@s do GESTAR - 02.03.13
Querid@s,
Agora o GESTAR possui sede fixa para
a realização das Rodas de casais grávid@s e interessad@s no tema. O nosso
próximo encontro ocorrerá no sábado (02/03).
Horário: 10:00h às 12:00h
Contamos com a presença de tod@s
vocês para dialogar, trocar experiências, e informações na busca pelo
empoderamento do feminino através da experiência do gestar, do parir e nutrir,
no preparo para um parto ativo, repensando nossa forma de ser e de estar no
mundo!
A Roda de grávid@s do Gestar é aberta
a tod@s @s interessad@s (grávidos e não-grávidos)!
Tema: O tema deste encontro será EXERCÍCIOS
PARA A GESTAÇÃO, TRABALHO DE PARTO, PARTO E PÓS-PARTO. Ensinaremos
exercícios para fortalecer a região do períneo, o que ajuda para a não
laceração do mesmo durante o parto, além de exercícios que contribuem para uma
oxigenação e circulação sanguínea durante a gravidez; exercício utilizados
durante o trabalho de parto (para que servem); exercícios de respiração,
massagens para região lombar, etc.
Também teremos a presença de uma TERAPÊUTA FLORAL que trará informações sobre a relação entre os florais e a
gestação. Ela prestará atendimento voluntário às gestantes do GESTAR.
Endereço: Av. Beberibe, nº
839, aptº 102, Arruda, em frente ao Lojão do Petróleo. Fones para contato:
87985126 / 97989673 / 30346318.
Contamos com a presença de tod@s ! Os
que já pariram pra nos trazer o seu relato e os que estão gestando e se
preparando para a chegada do bebê. Esta troca é enriquecedora, para o gestar,
para o parir, para a vida!
Assinar:
Postagens (Atom)